Por Mauro Kondo
A segurança é um assunto de destaque dentro de qualquer empresa, seja qual for o seu nicho de atuação. Afinal, um ambiente de trabalho seguro reflete em uma conduta estável e uma maior produtividade para a instituição.
Dentro do setor de frotas não é diferente. A segurança é primordial e deve sempre ser levada em consideração antes de qualquer tomada de decisão, tendo em vista os danos que podem ser causados caso este ponto seja negligenciado.
Diante deste assunto tão pertinente, para iniciar a Semana Nacional de Trânsito, trouxe alguns apontamentos sobre como a segurança deve ser abordada dentro de sua empresa. Confira!
Importância de um programa de segurança
É nítida a importância da segurança dentro de uma frota, entretanto, algumas vezes esta questão é colocada de lado quando suas propostas batem de frente com a viabilidade econômica do projeto.
Quando isso acontece, um dos maiores erros presentes neste setor é esquivar-se de um programa de segurança para a capacitação de seus colaboradores por conta do preço propriamente dito.
Mas a questão que gostaria de apontar é que, ao trazer para dentro de sua empresa um programa de segurança, mesmo que haja um custo agregado, você evitará prejuízos futuros relacionados à má condução de seus colaboradores e preservando vidas, o maior bem, o centro de todas as ações.
Vale ressaltar que, quando pensamos em prejuízos materiais causados por um acidente de trânsito, por vezes, calculamos apenas os custos diretos do automóvel, mas há outras variáveis envolvidas, como por exemplo, o tempo direcionado para a resolução deste problema, o tempo em que o veículo está no conserto e não está rendendo para a empresa, ou ainda, a má impressão e valor de marca estampada em um veículo envolvido em um acidente que também devem compor esse indicador.
Nós, líderes e influenciadores desse segmento, não deveríamos aceitar nada mais que zero sinistro envolvendo a vida. Muito mais que custo, disponibilidade e valor de marca, o target é preservar a vida dos seus colaboradores e seus familiares, nosso maior bem.
Portanto, um programa de segurança é de extrema relevância dentro de uma empresa, para evitar danos maiores e imensuráveis.
Alinhamento entre setores
Diante da importância de um programa de segurança, como citei acima, vejo a necessidade de corrigir um déficit que tenho percebido ao decorrer dos anos, em que atuo nesta área, que é a falta de alinhamento entre os setores de uma empresa.
De fato, sobre segurança não se discute, mas quando esse plano passa para o setor de suprimentos da empresa, muitas vezes o que é levado em consideração é apenas o preço e os custos de pôr esta ação em prática, desconsiderando a relevância da segurança.
Portanto, para que seja possível equalizar esta prioridade e fazer com que o assunto “segurança” saia do papel, este tópico deve vir antes de um desconto de uma montadora ou do desconto de uma locadora. Também é preciso garantir que um programa de segurança esteja em primeiro lugar, antes de uma renovação de frotas ou da adesão de um novo artigo, por exemplo.
Vejo que é fundamental que haja sinergia entre as áreas de segurança, gestão de frotas e suprimentos/facilities, para que todos saiam ganhando nesta conta.
Trazendo a segurança para dentro da empresa
Para garantir a segurança dentro de sua empresa, é necessário avaliar diferentes variáveis e adotar diversas práticas, para poder alinhar de fato este assunto.
1.Política de segurança
O primeiro ponto para trazer a segurança para dentro de sua empresa é criar uma política de segurança clara e intuitiva, que se torne um guia completo para os seus condutores.
Na política de segurança de uma empresa, deve estar bem descrito o que o condutor pode ou não fazer, quais são suas responsabilidades perante a condução e o uso do veículo, qual atitude tomar diante de um acidente, e assim por diante.
Uma orientação é, criar um comitê de segurança viária dentro de sua empresa, e estimular a comunicação, pois com isto é possível criar uma política pertinente, o que por consequência fará com que o condutor tenha uma maior percepção dos riscos, compreendendo o que ele pode ocasionar por conta de uma má conduta, assim como ter claro quais são as consequências e os impactos que sofrerá por conta disto.
Vale reforçar que a política de segurança deve ser bem clara para o condutor quanto aos seus objetivos, obrigações e consequências.
2.Conscientização dos motoristas
Após a política de segurança, a conscientização dos motoristas em relação a segurança nas vias, saúde mental e física e direção eficiente são tópicos que devem ser constantemente abordados.
Ao trazer informações sobre a segurança viária para dentro de sua empresa, é possível fazer com que os motoristas tenham a percepção dos riscos e que compreendam que certas atitudes podem gerar danos imensuráveis.
É preciso fazer com que compreendam que uma boa condução irá resultar não somente em menos acidentes, mas na redução de manutenções, em uma maior vida útil dos pneus, num menor consumo de combustível, entre outros.
Para atingir esta conscientização, é necessário constância para que a informação trazida pelos gestores se transformem em comportamentos positivos dos condutores.
A conscientização dos motoristas ultrapassa a barreira do mundo corporativo, beneficiando uma sociedade e preservando famílias.
3.Treinamento de condutores
Além da conscientização através da disseminação de informações, o treinamento dos condutores da empresa é de extrema importância, assim como direcioná-los para cada perfil de motorista, para cada tipo de operação e para cada modelo de veículo.
É comum vermos empresas aplicando um treinamento geral anual aos seus condutores, porém isto não é o mais indicado. O ideal é trazer mais dinamismo para esta área e estar constantemente trazendo capacitações em diferentes aspectos e distintos momentos.
Podemos colocar o treinamento sobre direção eficiente como um dos principais para garantir a segurança viária, pois além de saber operar de maneira adequada o veículo, o condutor precisa compreender e aprender a estar no trânsito e ter uma conduta adequada em diferentes situações.
Outro treinamento que deve ser levado em consideração, é o treinamento relacionado às tecnologias diretamente ligadas aos veículos. Muitas vezes o condutor nem sabe da existência de uma tecnologia presente no seu veículo ou até tem conhecimento, mas não sabe como utilizá-la.
No caso desses treinamentos, uma ótima opção é entrar em contato diretamente com a montadora ou com a locadora de veículos, e pedir para que ela faça um treinamento sobre seus diferenciais e suas tecnologias para os colaboradores de sua empresa.
No momento atual, com a pandemia, a criatividade se fez presente nessa área e foi possível termos acesso a treinamentos interessantes, os quais poderão ser utilizados mesmo após este período de reclusão. E-learning, módulos de jornadas, práticas através do uso de games, foram algumas das soluções aplicadas neste período.
Portanto estar sempre atento às novidades e repassar isto em forma de treinamentos aos seus colaboradores é importantíssimo.
4.Ações complementares
Apenas treinamentos tabelados podem não ser suficientes para garantir uma maior segurança durante a condução, por isso é indicado a aplicação de ações complementares dentro da sua empresa.
Há gestores, por exemplo, que oferecem prêmios para seus melhores condutores, ou seja, para aqueles que não tomaram multas, que não se envolvem em acidentes com frequência ou que conduzem dentro dos padrões estabelecidos pela empresa, o que acaba se tornando um grande incentivo para aderir a uma condução segura.
Por outro lado, há uma parcela de condutores que mesmo com o incentivo não seguem uma direção imposta como adequada, neste caso, o gestor deve criar um programa direcionado para este perfil de motorista.
E falando em perfil, uma ação sugerida é sempre analisar o perfil de seu condutor. Se possível, já na hora da contratação, buscando saber qual sua experiência, seu nível de percepção, quais suas experiências anteriores, se envolveu-se em algum acidente, se possui habilidades distintas, entre outras características relevantes.
Ao traçar o perfil da sua equipe, é possível direcionar treinamentos e ações específicas, fazendo com que estas se tornem mais efetivas.
5.Apostar em tecnologia, dados e integrações
A tecnologia deve estar presente em uma empresa que busca por segurança, afinal, ela é uma aliada quando o assunto é trazer informações fundamentais e de qualidade para que o gestor possa tomar uma decisão.
Muitas vezes temos informações descentralizadas, o que de certo modo não nos ajuda em nada, e é neste ponto que a tecnologia se torna necessária. Através de bancos de dados, de sistemas de análises, de cientistas de dados, de tecnologias embarcadas, é possível integrar as informações, para trazer uma gestão efetiva.
Você pode contar com a telemetria, que é uma tecnologia embarcada, a qual tem como objetivo coletar dados de um veículo remotamente, como a localização, a velocidade, o trajeto percorrido, aceleração e freadas bruscas, o consumo de combustível, entre outros indicadores, os quais por sua vez, permitem com que o gestor faça uma análise tanto do veículo quanto do próprio condutor.
Outra tecnologia interessante é a de gestão de combustível, e como Head do Pró-Frotas, a primeira solução de gestão de abastecimento 100% online, posso dizer que com este recurso é possível garantir a exatidão dos dados relacionados ao consumo de combustível, assim como trazer estas informações para que os gestores possam identificar possíveis falhas ou exaltar características de seus condutores.
Me preocupo em fornecedor aos gestores a melhor informação para tomada de decisão. Hoje eu sei, quanto tempo eles gastam para analisar os dados de forma isolada. Então, podemos ajudá-los com as informações integradas, consolidadas e centralizadas. O grande ponto aqui, muito mais do que gerar o dado, é sugerir ao gestor quais ações podem tomar no curto, médio e longo prazo e qual resultado vai obter.
Dicas para os gestores de frotas
Além das questões apontadas acima, separei algumas dicas diretas para que os gestores possam seguir para garantir, ou ao menos melhorar a segurança dentro da sua empresa:
- Compreenda que um programa de segurança não é um gasto, e sim um investimento, pois a longo prazo é possível colher frutos de uma frota menos desgastada e com um menor gasto relacionado a multas e sinistros;
- Entenda que garantir a segurança não traz apenas menos gastos para a frota, mas garante a integridade de seus colaboradores e demais usuários de vias públicas;
- Fique atento aos seus condutores, afinal, trabalhamos com seres humanos, e nem sempre estes estão imunes a atos falhos. Se o líder de uma divisão perceber que um de seus colaboradores está passando por um momento difícil, seja por aspectos emocionais ou biológico, cabe a ele criar uma instância para tratar esta questão, para que isto não afete a condução de maneira negativa;
- Busque sempre trabalhar a segurança de uma maneira preventiva e não de uma forma reativa;
- Lembre-se de disponibilizar sua política e seu programa de segurança de uma forma leve, para que os condutores possam aderir de maneira natural e não forçada;
- Invista em tecnologia, ela só tem a agregar a sua frota;
- Equilibre a balança entre as informações obtidas pela máquina e as informações vindas dos condutores, para então visualizar a situação como um todo e tomar a melhor decisão para a sua frota;
- Leve a preocupação com a segurança sempre em conta, não apenas diante de uma campanha de conscientização ou frente a frente com um problema. A atenção com a segurança viária deve se dar ao longo do ano, trazendo ações e treinamentos frequentes, seguindo uma programação, e se renovando a cada ciclo ou a cada nova contratação.
Para finalizar, vale lembrar que com a segurança não se brinca, portanto, investir em formas de garanti-la, sempre será algo positivo.
Quer saber mais? Entre em contato comigo, através do email: mauro.kondo@profrotas.com
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